Mimetismo ... a arte da ilusão

Nativa do norte de África e Sul da Europa onde habita bosques, é uma Lepidoptera (Hipparchia semele) da subfamília Satyrinae pertencente á família dos satirídeos. Borboleta com cerca de 5 cm que tem como principal característica possuir na face inferior das asas uma cor com padrões miméticos que quando poisam com as asas fechadas faz com que se tornem quase invisíveis no seu meio ambiente. Estas borboletas poisam quase sempre no solo ou sobre pedras onde a sua camuflagem é perfeita.
É activa entre Maio e Outubro desenvolvendo nesse período uma geração. Hiberna como lagarta.

O ninho

Tem como habitat preferencial os beirais das casas, que utiliza como suporte para o seu ninho, É uma Andorinha dos beirais (Delichon urbica) uma ave migradora com enorme capacidade de voo, o qual é muito agitado e rápido, o que a torna uma excelente predadora de insectos voadores. Nidifica em zonas onde exista lama em abundância, elemento essencial na costrução do ninho. Integrada numa colónia, o ninho é utilizado durante vários anos consecutivos pelo mesmo casal o que revela o grande sentido de orientação que possui, pois que após uma migração de várias centenas de quilómetros, consigue voltar ao mesmo local. Faz duas criações por ano e ao aproximar-se o final do Verão, faz nova migração para no final do Invero voltar novamente.

Até para o ano..

Mesmo ao meu lado

Poisou mesmo ao meu lado no parapeito do meu terraço e é um Rabirruivo preto ainda juvenil (Phoenicurus ochrurus) com cerca de 20 g de peso e um comprimento de 12 cm. O macho adulto é preto com cauda vermelha ferrugínea e painel de asa branco. A fêmea acastanhada, mais escura por cima e mais clara por baixo. Reproduz-se em ruínas, arribas e zonas montanhosas.
Muito ágil, caça principalmente insectos. Canta principalmente durante a noite e amanhecer, uma frase curta e sonora com uma pausa e um ruído pungente e discreto e intercalado.
É uma ave sedentária e insectívora. Poisa em poleiros elevados e no arvoredo, esvoaça de um para o outro, poisa frequentemente no chão para se alimentar. Nidifica entre Abril a Junho, constrói o seu ninho em forma de taça nas fendas dos muros, onde põe 4-6 ovos brancos e pode ser visto em todo o litoral rochoso e nos afloramentos graníticos.

"Cintura de vespa"

É uma Vespa (Scolia erythrocephala), insecto pertencente à família Scoliidae, género Scolia, à ordem dos himenópteros, subordem Apocrita. Sua vida é terrestre, é predadora de outros insectos e extremamente importante no controlo biológico uma vez que quase todos os insectos considerados como praga têm uma vespa como predador natural. Caracteriza-se por ter um ovipositor ou um ferrão (apenas presente nas fêmeas), uma cintura muito estreita e elegante (daí o termo "cintura de vespa"), dois olhos compostos e três olhos simples, antenas que detectam odores e medem cada célula do ninho à medida que o ai construindo, três pares de patas, mandíbulas poderosas usadas para desenterrar e cortar comida e assentar o material para os novos ninhos, dois pares de asas sendo as asas posteriores ligadas às anteriores, um exoesqueleto com carapaça endurecida e o corpo dividido em cabeça, tórax e abdómen. Quando pica, injecta veneno na vítima provocando uma pontada dolorosa, com o intuito de paralisar as vítimas ou defender o ninho. Alimenta-se também do doce néctar das flores e a sua metamorfose completa é: ovo, larva, pupa e adulto.

Hoop ... hoop ... hoop ...

É uma Poupa (Upupa epops) uma ave pertencente à família Upupidae, encontra-se distribuída pela Europa, zonas tropicais da Ásia, toda a África excepto zonas desérticas e por Madagáscar. É característica de zonas agrícolas ou pastagens com pequenas matas e arbustos. Com um comprimento de 26 a 28 centímetros, e uma envergadura de 42 a 46 centímetros, não pesa mais que 80 gramas e tem uma esperança média de vida de 11 anos. Possui um bico comprido e arqueado e com uma crista eréctil. É esta crista em forma de poupa quelhe dá o nome. A sua plumagem é acastanhada, com as asas largas e arredondadas de listas pretas e brancas, a cauda é longa, preta com uma barra branca larga e as patas são acinzentadas e curtas. O seu canto é um característico hoop-hoop-hoop que pode ser repetido ao longo de vários minutos. Nidifica em buracos de árvores e muros de pedra. A postura é efectuada entre Agosto e Outubro e é constituída por 2 a 7 ovos que variam entre as cores cinzento e amarelo. A principal característica dos ninhos das poupas é talvez o seu cheiro fétido, extremamente desagradável. O mau cheiro não se deve a falta de higiene no ninho, pois sabe-se que a fêmea o limpa cuidadosamente de todos os detritos, mas representa uma estratégia contra predadores. A fêmea e os juvenis desta espécie possuem uma glândula uropigial, capaz de segregar o líquido responsável pelo mau cheiro, que é expelido em caso de ameaça. Desconfiada, passa grande parte do tempo a alimentar-se no solo. Caminha errantemente, mudando constantemente de direcção. Inverna em África, voa frequentemente a baixa altitude, rente ao solo com ondulações curtas e batimentos irregulares, intercalados com deslizes. Ao aterrar, levanta a poupa, por breves instantes. O estado de conservação da sua espécie é seguro, mas a espécie encontra-se em regressão na Europa. No último século desapareceu da Suécia, Holanda, Bélgica e grande parte da Alemanha, sobretudo devido à alteração das práticas agrícolas e à introdução do uso de insecticidas. Alimenta-se, essencialmente, de minhocas e insectos e embora prefira alimentar-se no solo, é também capaz de caçar insectos em voo.