quarta-feira, 22 de outubro de 2008

"De olho em mim"


É um Chasco-cinzento (Oenanthe oenanthe), uma ave da família Muscicapidae que frequenta Portugal entre Setembro e Outubro aquando da sua migração. Frequenta terrenos abertos e rochosos com pouca vegetação e como ave terrícola que é, captura a maioria das suas presas no solo voando de um poiso para outro. Alimenta-se, principalmente, de aranhas, centopeias e pequenos moluscos. Abana e movimenta a cauda que é preta e branca num movimento que é característico à família dos Chascos. Acasala na Primavera construindo um ninho em forma de taça, forrado de erva e musgo. Este ninho é colocado em buracos no chão entre pedras e calhaus ou num nicho natural. No ninho são postos de quatro a seis ovos azulados que incubados pela fêmea originarão os juvenis.

"Procurando o pequeno almoço"


É um Pilrito comum (Calidris alpina) ave limícola (do latim limus, significando que vivo no limo, lodo ou lama), de tamanho médio da família Scolopacidae, invernante e migradora, com cerca de 18 cm de comprimento e a sua espécie distribui-se por toda a faixa litoral de Portugal habitando estuários, salinas, terrenos alagados, barragens e arrozais. Como nidificante, distribui-se sobretudo pela Escandinávia, pela Islândia, pela Escócia e pelo norte da Ásia. No Inverno migra para sul, invernando nas zonas costeiras da Europa Central e meridional e também nas costas africanas.
Tem um ritmo que acompanha o ciclo das marés, ou seja, alterna os períodos de repouso – coincidente com a preia-mar com os períodos de alimentação – coincidentes com a baixa-mar.
Seu bico é longo e ligeiramente recurvado e alimenta-se sondando as lamas com o bico ou capturando as presas à superfície da água e aprecia bivalves, insectos, invertebrados, crustáceos, peixes e matéria vegetal.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Será impressão minha?


Manso, divertido, carismático, simpático e curioso, é o Shinzo, membro da família Spheniscidae, um Pinguim do cabo (Spheniscus demersus) e é o único do continente Africano, mas na realidade, a sua espécie não povoa o continente mas sim as Ilhas Dassen e Dyer, perto do Cabo da Boa Esperança. É uma ave marinha não voadora, embora descenda de aves voadoras: adaptou-se à vida aquática, tendo perdido a capacidade de voar, mas é um excelente nadador e mergulhador, como podem constatar na fotografia, mede cerca de 60 cm, pesa 4,500 kg, tem bico robusto e comprido, possui patas curtas e fortes, que por estarem colocadas muito para trás, o fazem assumir uma posição erecta e desengonçada quando está em terra. Em cada pata existem quatro dedos, três dos quais unidos por uma membrana, asas comprimidas em forma de barbatana, sua plumagem é negra no dorso e branca no ventre e colar junto à garganta, possui máscara facial negra e tonalidade rosácea junto aos olhos que estão mais aptos a ver dentro de água, embora consiga ver perfeitamente fora dela. Flutua facilmente graças a grande quantidade de gordura e nada com rapidez, usando apenas as nadadeiras, servindo as patas como leme. Alimenta-se de peixes pelágicos (que se encontram à superfície ou até 120 m de profundidade), crustáceos, moluscos e outros animais marinhos de pequeno porte. Entre os casais de pinguins existe fidelidade e a sua esperança de vida é de 30/35 anos. A sua ESPÉCIE ESTÁ CRITICAMENTE AMEAÇADA pela sobre exploração pesqueira, pelos derrames petrolíferos e pela recolha ilegal de ovos. Durante o século XX, a sua população decresceu 75%.

SERÁ IMPRESSÃO MINHA OU ESTARÃO OS HUMANOS A TORNAR CADA VEZ MAIS DIFÍCIL A COEXISTÊNCIA DE OUTRAS ESPÉCIES?