sábado, 12 de julho de 2008

Carequinha


É um Urubu de cabeça vermelha (Cathartes aura), uma ave ciconiiform pertencente ao grupo dos abutres do Novo Mundo, uma das maiores Rapinas da América do Norte A espécie vive em quase todo o continente americano, desde o Sul do Canadá ao Cabo Horn, com maior incidência em climas tropicais e sub tropicais.
A plumagem do adulto é de cor marrom enegrecida. A cabeça é depenada e de cor vermelha nos adultos, e negra nos juvenis. A envergadura de asas chega a atingir 1,70 m. A alimentação destes urubus é feita à base de carniças, vegetais em decomposição, pequenos insectos, larvas e ovos desprotegidos, que detectam com o olfacto bastante apurado. São frequentemente os primeiros urubus a chegar a uma carniça.
Vive em terrenos abertos secos, ranchos e perto de estradas onde as presas são comuns.
Embora seja uma ave silenciosa, por vezes emite um suave grunhido. Obtém a maior parte da água através do alimento. Assim como outras aves necrófagas estão protegidas de doenças devido ao seu sistema imunitário muito sofisticado. A sua cabeça desprovida de penas permite uma mais fácil limpeza. O Urubu de cabeça vermelha tem um olfacto estimado em 3 vezes superior ao do Abutre preto que também se encontra nos desertos da América do Norte. Pertence a uma espécie não ameaçada e a sua esperança de vida é de 30 anos.

Algo exótico


Da família dos Bucerotídeos, é um Calau-terrícola (Bucorvus leadbeateri), o maior de todos os Calaus, com um comprimento total de 1,07 m e mais de 1,5 m de envergadura de asas, nativo do continente Africano. A cor da sua plumagem é negra, possui patas curtas e grossas, face e garganta de cor vermelha brilhante e bico longo, negro e ligeiramente encurvado. Durante a maior parte do tempo caminha e esquadrinha o solo embora descanse nas árvores. É um animal sociável que vive em grupo de, no máximo, oito indivíduos que defendem e compartilham o mesmo território. Alimenta-se de pequenos animais que incluem insectos, serpentes pequenas tartarugas e roedores. Na época do acasalamento faz o ninho num buraco de uma árvore, por vezes a mais de trinta metros de altura, onde a fêmea se introduz fechando depois a abertura com dejecções e barro, deixando apenas uma pequena abertura pela qual o macho lhe passa alimento. Nesta altura a fêmea inicia uma muda durante a qual renova as rectrizes e rémiges. A postura pode ir até cinco ovos e a incubação dura cerca de cinquenta dias. No fim da incubação o macho leva à fêmea cascas, sementes, frutos e flores. A fêmea só abandona os filhos depois destes se encontrarem em condições de sobrevivência.

Matando a sede na fonte


É um Gato comum (Felis silvestris catus), mamífero carnívoro , com cerca de 2,500 kg de peso, pelo curto, lustroso e denso, muito independente, inteligente, curioso, bincalhão e afectivo. Adora brincar, peixe, dormir, mimos e vadiar e detesta a caixa de transporte e que o ignorem. Tem uma visão altamente apurada bem como o olfacto que é 14 vezes superior ao dos humanos, patas fortes e pés arredondados, 32 músculos em cada orelha o que lhe permite ter um tipo de audição direcional, uma dúzia de bigodes dispostos em 4 fileiras sobre o lábio superior, alguns nas bochechas e tufos sobre os olhos que o auxiliam no tacto e que alcançam a largura do seu corpo, permitindo-lhe julgar se cabe em determinado espaço. O posicionamento dos seus bigodes é um excelente indicador do seu humor: apontados para a frente indicam curiosidade e tranquilidade, colados ao rosto, indicam uma postura defensiva e agressiva. Para o seu bem estar e boa saúde, necessita dormir de 15 a 18 horas por dia, é um excelente caçador de ratos, os quais leva na boca para oferecer à sua dona, insistindo para que ela os aceite e sua esperança de vida é de 16/20 anos.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Aparência arcaica


É uma Seriema (Cariama cristata), ave de médio porte, pernalta de aparência arcaica, arredia, existente no norte da Argentina, no Paraguai e no Brasil central (Minas Gerais e Goiás) e oriental (Piauí a Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul). Com 90 cm de comprimento, que vai da ponta do bico até à cauda e com cerca de 2 kg de peso, possui porte imponente e cauda longa. Sua plumagem é cinza amarelada, com finas riscas escuras: abdómen um pouco mais claro, bico e pernas vermelhos. Tem a crista formada por um tufo de penas longas, com cerca de 12 cm e é uma das poucas aves que possui pestanas. Habita áreas de cerrado, pastos e Campinas e na sua espécie os machos são mais acinzentados que as fêmeas, e estas mais amareladas. Perten ce à família Cariamidae da ordem Gruiformes. Prefere correr a voar e alimenta-se de insectos, lagartos e pequenas cobras. Em contacto com os humanos, é sempre desconfiada e quando se sente ameaçada por eles, costuma abrir suas asas e enfrentá-los. Aceita diferentes tipos de alimentos dados pelo homem, como grãos de milho e pedaços de pão. Anda em casais ou pequenos grupos e só voa quando se sente obrigada e à noite abriga-se no alto das árvores onde também constroi o seu ninho. Para devorar suas presas tem o hábito de atirá-las diversas vezes contra o solo e começa a comer a sua vitima pela cabeça. Seu canto é composto por uma estrofe longa e de gritos estridentes, que possuem o alcance de 1 Km. Produz outras vocalizações como por exemplo, aquelas feitas durante a cópula, ao descansar e quando devora uma presa.

Perscrutando o solo


Quem não viu já uma ave voando parada no céu?
Pois é, é que enquanto a nós nos parece que o Peneireiro cinzento (Elarus Caeruleus) está parado no céu, ele na realidade está a voar à velocidade do vento, contra este.
É uma mistura de agilidade, potência e beleza. É uma ave de rapina solitária, com cerca de 35 cm, vive nos Olivais e nos Campos arborizados e passa a maior parte do tempo em silêncio. Faz o seu ninho numa plataforma em cima das árvores, onde a fêmea põe cerca de 3 a 4 ovos de cor creme, com manchas castanhas. A incubação é feita durante 25 a 28 dias e o primeiro voo começa por volta do 35º dia. Alimenta-se de mamíferos, répteis, aves e insectos. Tem os "ombros" pretos e as extremidades das asas pontiagudas e longas também pretas e a cabeça tipo mocho. As suas patas são amarelas de tamanho médio.
Habita espaços abertos e semi desérticos, especialmente na África sub-sariana e Ásia tropical, mas aparece com regularidade na Europa e em especial na Península Ibérica.
Esta rapina, como que levita no ar em busca de presas, peneirando e perscrutando o solo com os seus olhos vermelhos escarlate. A curta distância, é possível vislumbrar o olho vermelho. O seu voo, levemente ondulado, e o peneirar com as asas em V, são bastante característicos. Quando detectam uma presa, deixam-se cair sobre ela com as asas bem puxadas atrás, como se fosse um helicóptero lento, numa posição única.
Esta espécie é comum, mas pouco abundante, distribuindo-se por zonas agricultadas com espaços abertos entrecortados com bosques, assim como em montados de azinho e sobro abertos.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Um ... dois ... três ... quatro ... cinco!!!


Encontrada em florestas húmidas e pastagens das Américas do Sul e Central, próximo a rios e lagos, é uma Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) o maior roedor vegetariano do mundo. Foi mamã de 5 lindos bebés. Alimenta-se quase exclusivamente de capinas e prefere grama curta, porque seus dentes permitem cortar folhas e talos bem rentes ao solo. Na água, gosta de mergulhar e comer algas que crescem nas pedras. Sempre que seu habitat natural sofre alguma alteração, costuma também invadir plantações, principalmente milheirais e canaviais. Não se aventura, porém, a afastar-me mais de 3 km do seu habitat.
É uma excelente nadadora, tendo inclusive pés com pequenas membranas. Reproduz-se na água e usa-a como defesa, escondendo-se de seus predadores. Pode permanecer submersa por alguns minutos e é conhecida por dormir submersa com apenas o focinho fora d'água.
Sua pelagem é escassa, grosseira e acastanhada, com reflexos escuros e avermelhados, seus olhos, orelhas e narinas são em linha, mede 1,30 m de comprimento, 0,5 m de altura e o seu peso ronda os 70 kg. Seus incisivos são gigantescos e medem, cada um, mais de 1 cm de largura, na superfície cortante. Os incisivos crescem sem parar e podem medir até 7 cm se não forem desgastados, coisa que consegue mordiscando pedras e troncos de árvore.
Vive em manadas e tem hábitos nocturnos. De manhã descansa na sombra, à tarde gosta de nadar e à noite sai para se alimentar. O grupo anda sempre em trilhas fixas, caminhando em fila, um com a cabeça sobre a anca do outro. Parada, adopta uma postura incomum entre os mamíferos: fica sentada, como um cão. Em terra é lenta, por isso, nunca se afasto dos rios ou lagos, onde convive bem com bois, cavalos ou mesmo jacarés (perigosos para os filhotes)

Beldade nocturna


É uma ave de rapina nocturna comum, uma Coruja do mato (Strix aluco) com apenas mês e meio de idade e a sua espécie pode ser encontrada da Inglaterra até a China. Seu aspecto varia conforme a região. Solitária, ocupa e defende um território de caça de vários quilómetros. Para firmar sua posse, a intervalos regulares emite um som característico, composto por duas notas (uma simples, seguida de uma outra em trémulo). Ouvido numa noite silenciosa de Inverno, o seu grito nocturno pode ser verdadeiramente assustador. Mede cerca de 40 cm de comprimento, pesa em média 700 g e sua envergadura raramente ultrapassa 1 m. De hábitos estritamente nocturnos é mais frequentemente ouvida que vista. Em Portugal a sua espécie distribui-se de norte a sul do país, mas a sua abundância varia fortemente de umas zonas para outras, sendo mais frequente na metade sul do país. É particularmente comum nos extensos montados de sobro e azinho e em certos pinhais maduros. Para viver, precisa de duas coisas: um terreno onde possa caçar aves e roedores, e uma árvore onde se possa esconder para dormir, durante o dia. Com isso, fica à vontade até nas cidades: os parques estão cheios de pardais e árvore é o que não falta. Instalada entre galhos torna-se quase invisível, pois sua plumagem se confunde com a casca da árvore. Após digerir sua presa, regurgita uma "bolota" de resíduos indigestos, como penas, ossos, etc.A reprodução ocorre no começo da primavera. Durante as quatro semanas de incubação, o macho alimenta a fêmea. Depois disso, ele alimenta a família toda, pois os filhotes são frágeis e necessitam do calor materno durante algum tempo.