sexta-feira, 13 de junho de 2008

À procura de casa


São um casal de Cegonhas brancas (Ciconia ciconia) e pertencem à ordem das Coconiformes, família Ciconiidae. São aves de grande porte, chegando a medir 1,25m, a pesar aproximadamente 5Kg e a medir 2 metros de envergadura de asas. Distribuem-se pela Europa Continental, Médio Oriente, Norte de África e África do Sul. São, sobretudo, uma espécie de ocorrência estival em Portugal, passando o Inverno no continente Africano. São todas brancas à excepção das penas das asas que são pretas e, do bico e das pernas que são avermelhadas. São aves estivais, ou seja, apenas aparecemos em certas alturas do ano, andando o resto em migrações, mas têm-se tornado residentes no sul devido, talvez, às mudanças climáticas globais. A sua alimentação é muito variada, baseando-se essencialmente em pequenos animais (insectos, peixes, pequenos mamíferos e anfíbios) que são capturados vivos. A sua época de reprodução situa-se entre Março e princípios de Abril, apenas com uma postura anual, composta normalmente por três a cinco ovos, com 29 a 30 dias de incubação. Os nseus rituais de acasalamento são muito elaborados, sendo mais característico o bater ruidoso com o bico inclinado para trás. Em Portugal são, tradicionalmente, respeitadas e acarinhadas pelas populações, onde possuem um estatuto de conservação "pouco preocupante". Apesar disso, ocasionalmente ainda se verificam alguns casos de aves abatidas. A principal causa de mortalidade em Portugal deverá ser no entanto a electrocussão em linhas de média e alta tensão, a contaminação com pesticidas, especialmente em zonas de arrozal, e o derrube de ninhos. Ajudar a Cegonha branca é uma tarefa que está ao alcance de todos nós. O derrube não autorizado dos ninhos de cegonha é um crime. Instalam os seus ninhos em árvores, falésias e num vasto leque de estruturas artificiais (telhados, chaminés, postes de electricidade, etc). Podem criar isoladamente ou formar colónias, por vezes em associação com outras espécies de aves nomeadamente garças. Elas, tal como as aves de rapina, utilizam essencialmente o voo planado para se deslocarem. Têm, por isso, as asas largas e compridas que lhes permite voar durante bastante tempo, quase sem as bater, aproveitando as correntes de ar ascendentes que se formam sobre a superfície terrestre. Essas correntes formam-se quando o ar frio da atmosfera entra em contacto com a superfície terrestre aquecida pelo sol, aquecendo também, tornando-se mais leve e subindo. Esta forma de viajar permite-lhes percorrer grandes distâncias com pouco consumo de energia. Tem no entanto um pequeno inconveniente: as correntes térmicas só se formam sobre a superfície terrestre quase não existindo sobre as grandes massas de água. Em termos práticos isto quer dizer que elas, as aves planadoras, não podem atravessar grandes extensões de mar. A passagem da Europa para a África tem pois que ser efectuada nos sítios onde os dois continentes se aproximam mais. E agora uma pergunta: Têm conhecimento de algum T1 vago? Elas precisam urgentemente de um.

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